o caminho para ser Educadora não é fácil...

Penso que à uns tempos falei sobre desistir e sobre as lágrimas que deitei neste mestrado e depois de ter começado o estágio. Mas pelos vistos eu não sou a única a derramar lágrimas de frustração, de raiva... digamos, com um mix de sentimentos depois de viver de perto o dia-a-dia de Educadora e ainda me perguntar: será que fiz bem em escolher esta profissão?

Bom mas pelos vistos isto faz parte do caminho pelo qual temos de percorrer antes de termos uma sala só para nós, com um monte de miúdos que vamos ter de saber o que fazer para eles gostarem de nós porque à partida, no momento em que os conhecemos, já começamos a gostar deles! Mas eu já estou a imaginar que quando esse dia chegar, vou voltar a chorar... De nervos! E vou-me perguntar novamente será que fiz bem em escolher esta profissão? Mas quem é que me disse que isto ia ser fácil?! Pois, ninguém... E a prova disso está à vista... Depois de uma Licenciatura que ficou dividida em três anos de dificuldades, neste um ano e meio de Mestrado vou ter tudo e mais alguma coisa num curto espaço de tempo!

Trabalho é coisa que não nos falta, mas imaginação e palavras para continuar já começam a ser escassas. Já falamos umas com as outras em desabafos do mal, e a verdade é que acredito que toda a gente quer mandar isto com os porcos. Mas o quê, faltam duas semanas para podermos descansar e por um ponto final a esta primeira fase super intensa! O problema é que se avizinham mais duas fases que nem quero imaginar como vão ser... Por acaso até me sinto curiosa para ver o que vou enfrentar a seguir, mas nem quero pensar que poderei por em causa e chorar novamente como na sua maioria o pessoal está a fazer agora.

Bom, o que interessa é que não penso em mais nada do que em quatro datas que vão ditar o final disto tudo. Estou tão cansada, nem acabei metade e tenho tanto medo de não acabar a tempo... Pergunto-me porque tem de ser assim. Se calhar estas lágrimas, nervos e frustrações fazem parte do longo caminho que estamos a percorrer. O que é bom é que a meio nos lembramos daqueles sorrisos maravilhosos e dos braços abertos a correr para nós, apertando-nos com força como quem diz tivemos muitas saudades tuas! (e nem sabem quantas tive vossas...)

Bom.... Pensando bem nisto tudo, posso não ser a única que ando para aí a bater com a cabeça nas paredes, a gritar palavrões e a chorar por tudo e por nada; mas também não é toda a gente que o faz. E o que penso sobre isto?! É que todas as pessoas que não sabem o que isto é, é porque não estão a sentir e a percorrer o caminho que nos vai levar à profissão que sempre quisemos... Pelo menos a profissão que eu sempre quis!