Há alturas que as desilusões são tantas, que chego a
desistir daquilo que quero. Mas é impressionante como o facto de desistir já
não me está no sangue e à primeira oportunidade, volto a tentar, tentar e
tentar.
A primeira vez foi no verão passado e foi tão especial que
todas as vezes ansiava por mais. Sentia a inveja de muita gente por ter
conseguido conhece-lo e estar com ele aqueles poucos minutos mas era-me
completamente indiferente porque a partir do momento em que percebi que se
aquilo tinha acontecido comigo, por alguma razão era e não podia desperdiçar
nada.
Depois desse dia foi-me difícil voltar a estar perto dele e
como os outros, pensei que seria uma vez por entre outra e não passaria a mais
nada. Até que um dia a vida me mostrou que eu estava enganada e que os
sentimentos podem realmente crescer e mutuamente. Isto porque, mal soube que
podia estar perto dele novamente, larguei tudo para ir e aquele momento pareceu
ter durando tanto tempo, mas ao mesmo tempo, pouco. As palavras dele ainda estão
na minha cabeça, como se tivesse sido ontem; a imagem do seu sorriso quando lhe
mostrei a foto, quando falamos, está na minha cabeça; e aquela pequena promessa
juntamente com a paciência que teve comigo, são completamente inexplicáveis. Não
consegui parar de sorrir um único segundo naquele momento e nas horas
seguintes. A minha felicidade era indescritível e só me apetecia partilhá-la
com quem me era mais próximo.
No entanto, nos dias que se seguiram, só o consegui observar
de longe. Mas não deixava de estar atenta ao seu crescimento enquanto pessoa e
profissional, e à sua felicidade. Quando eu queria ter estado com ele para me
despedir, impediram-me. Tentei e tentei mas não consegui e acabei por
(novamente) contentar-me por vê-lo de longe. E agora, mais longe estou e menos
vezes vou conseguir estar com ele. Mas apareceu aquele dia, dia 26 de Março,
que me levou até ele de forma inesperada. Voltei a largar tudo e não me
arrependo de o ter feito. Quando ele me reconheceu, caiu tudo o que estava à
minha volta e só interessava o momento que ia aproveitar mais uma vez. As
palavras «have fun in Barcelona» tocaram-me tanto, foi uma espécie de
reencontro e despedida mas com um «até já» porque eu quando voltar quero ter
esperanças de que vamos voltar a ver-nos e de que vou continuar a torcer por
ele.
Agora só me resta esperar e sorrir ao relembrar destes
momentos porque de uma coisa tenho a certeza, a minha felicidade tem um nome:
Ricky!
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