quinta-feira, 2 de julho de 2015

Adeus definitivo à residência de estudantes

Terça-feira, último dia do mês de Junho, tive de retirar as minhas coisas da residência tal como acontece todos os anos por esta altura. Porém, desta vez foi diferente. Desta vez tive de tirar e trazer tudo para casa com a ideia de que nunca mais vou lá voltar para ficar. Depois de cinco anos a ir aos Domingos, carregada com roupas e comida e a voltar para Lisboa às sextas ou sábados com imensos trabalhos para fazer, ainda nem acredito que isso nunca mais se vai repetir.
Queixem-me imenso... Queixei-me do barulho que faziam à noite e não me deixavam dormir, queixei-me por me terem roubado uma lasanha no primeiro dia em que entrei, queixei-me de ter de trazer um frigorífico enorme para o terceiro piso, queixei-me quando tinha de ser eu a fazer comer, queixei-me quando não havia água quente no inverno ou quando a internet falhava e não me deixava terminar os trabalhos. Mas também não foram apenas queixas. Tenho memórias boas das poucas festas da residência que fui, de me terem batido à porta do quarto para pedir um "soutien" nas praxes, das minhas boas colegas de quarto ou de outras pessoas que fui conhecendo e ao mesmo tempo de ter sido uma das melhores opções que tomei. Não imaginava como tivesse sido a minha vida a ir e a vir de Setúbal todos os dias, cheia de trabalhos e sempre super cansada com tanto transporte para apanhar. Assim em 15 minutos (se fosse a pé) ou 5 minutos (se fosse de carro) já estava no meu quarto e pronta para preparar as aulas.
Tenho de admitir que me custou imenso passar cinco anos assim, fora de casa, mas com o passar do tempo habituei-me e quanto mais o tempo passava, os meus pensamentos já eram "daqui a 5 dias já estás em Lisboa novamente". Portanto sim, cresci imenso, mudei em vários aspetos e sim foram uns grandes 5 anos que por lá passei. Mas não quero mais e já chega mesmo! Agora de certeza que vão aparecer mais desafios diferentes e cá estou eu à espera deles.


Bom, como disse no início, fui lá na terça-feira arrumar tudo de vez. A Christy ofereceu-se para me ajudar e graças a ela só subi e desci as escadas umas quatro vezes... Aposto que se fosse sozinha nunca mais saía de lá. De qualquer das formas, a ideia de ela ir ter comigo não era apenas para me ajudar (obrigada mais uma vez amor) mas para matarmos saudades. Sinceramente já nem me lembro da última vez que nos vimos e quando a abracei é que percebi que tinha mesmo muitas saudades dela.
Então depois de tudo pronto, seguimos para a baixa e fomos num café na Luísa Todi.


Sentámo-nos na explanada e comemos uma bela de uma tosta que era enorme mas estava muito boa. Ao mesmo tempo fomos conversando sobre diversas coisas que aconteceram durante este tempo e, claro, aproveitámos para tirar algumas fotografias. Ainda ficámos por lá umas duas horas e depois tivemos de ir até ao IPS porque estava a chegar a hora da minha reunião para a tese. Portanto foi aí que nos tivemos de despedir...
Amorzinho obrigada por me teres vindo fazer companhia, tive imensas saudades tuas! Espero que ainda nos vejamos antes dos meus anos... Sim? É que até lá ainda falta muito e cenas. 



Sem comentários: